ESCÂNDALO DOS LIVROS: Daniel Gonçalves presta depoimento hoje na Assembleia
Gerar link
Facebook
X
Pinterest
E-mail
Outros aplicativos
-
Clilson Júnior
Clilson Júnior
ClickPB
O empresário Daniel Gonçalves já confirmou depoimento em audiência publica na Assembleia Legislativa da Paraíba, na tarde de hoje, às 14 horas. A informação foi confirmada pelo deputado estadual Anibal Marcolino.
Segundo o deputado, após confirmar sua presença, o empresário revelou que levará a audiência pública muitos documentos inéditos e que até hoje a imprensa não tomou conhecimento.
MARCELO ROCHA
A mistura de negócios com a política - ainda mais em período eleitoral - levantou novas suspeitas de irregularidades, agora na Paraíba. O empresário Daniel Cosme Guimarães Gonçalves venceu no ano passado uma licitação da prefeitura de João Pessoa, capital do Estado. Foi pago - mas não viu o dinheiro. Em um vídeo de 12 minutos, Gonçalves afirma que o dinheiro público foi desviado para o caixa da vitoriosa campanha eleitoral do governador da Paraíba, Ricardo Coutinho (PSB), eleito no ano passado. Gonçalves diz que, entre os implicados na fraude, estariam Coriolano Coutinho, irmão do governador, seu "mentor em superfaturar e fazer caixa dois", e Alexandre Urquiza, ex-chefe de gabinete de Ricardo Coutinho e atual secretário de Transparência Pública da prefeitura de João Pessoa.
Aos 36 anos, Gonçalves está acostumado a fazer negócios com governos. Ele trabalha com a distribuição de livros no Nordeste há mais de dez anos. Em fevereiro de 2010, sua empresa, a New Life, venceu uma licitação da prefeitura de João Pessoa para fornecer material didático a escolas da rede municipal. A compra dos livros foi financiada com recursos do Ministério da Educação. Na gravação, a que ÉPOCA teve acesso, Gonçalves afirma que cumpriu sua parte no contrato - forneceu os livros -, mas não recebeu o dinheiro combinado. Segundo ele, o representante da New Life, Pietro Harley Dantas Félix, sacou os R$ 2,3 milhões pagos pela prefeitura de João Pessoa e entregou uma parte ao grupo político do governador Ricardo Coutinho. Félix é amigo de Coriolano, o irmão do governador. Como evidência da irregularidade, Gonçalves afirma que os valores foram sacados por Félix numa agência do Banco do Brasil em Taperoá, cidade a 216 quilômetros de João Pessoa. O procedimento, segundo Gonçalves, não é comum na administração municipal.
De acordo com Gonçalves, Félix só conseguiu fazer as retiradas porque contou com a conivência da prefeitura de João Pessoa, que emitiu cheques nominais a ele. "Fico me perguntando como a prefeitura pagou naquele mesmo dia três empresas com TED (transferência eletrônica) e, no meu caso, foram entregues cheques em nome de pessoa física", diz. No vídeo, Gonçalves afirma que procurou Félix para receber o dinheiro. No dia 22 de outubro de 2010, Gonçalves registrou um boletim de ocorrência em que acusa Félix de ameaçá-lo. Ainda durante a disputa eleitoral, Gonçalves contou sua história a políticos da Coligação Paraíba Unida, formada por 12 partidos adversários de Ricardo Coutinho. A coligação enviou uma representação à Justiça Eleitoral contra a candidatura de Coutinho por crime eleitoral. Em julho deste ano, Gonçalves gravou seu depoimento em vídeo. "Não fiz o vídeo para exploração política", diz Gonçalves. "Mas para me resguardar das ameaças que venho sofrendo."
Gonçalves recorreu à Justiça da Paraíba para tentar receber os R$ 2,3 milhões da prefeitura de João Pessoa, hoje administrada por Luciano Agra (PSB). Agra era o vice-prefeito de Ricardo Coutinho até março de 2010. Em seu parecer, a Procuradoria-Geral de João Pessoa contesta os argumentos de Gonçalves. A Procuradoria afirma que Félix tinha plenos poderes para receber o pagamento porque tinha uma procuração de Gonçalves. Gonçalves nega que a procuração servisse para Félix sacar o dinheiro. Além do caso dos livros da New Life, na representação enviada à Justiça Eleitoral, os opositores do governador Coutinho relacionam Félix a outros negócios. Ele é acusado de ser ligado às empresas L&M Lojão do Escritório Ltda. e Soluções AP, vencedoras de licitações da prefeitura de João Pessoa. Os negócios somam cerca de R$ 3,7 milhões para fornecer livros, mas o material, segundo as acusações, não chegou às escolas. "Frise-se que essas empresas são fantasmas, inexistindo sequer prédio físico no endereço indicado nos seus contratos sociais", afirma o texto da representação.
Foto Reprodução
O governador Ricardo Coutinho nega que tenha ocorrido caixa dois em sua campanha. Coutinho afirma que só tomou conhecimento do caso durante a campanha eleitoral. Diz que cobrou explicações e foi informado pela Secretaria de Educação do município de que o processo de compra dos livros foi regular. ÉPOCA tentou falar com Pietro Harley Félix, mas ele não atendeu as ligações. Coriolano Coutinho trabalha na prefeitura de João Pessoa, como chefe da Empresa Municipal de Limpeza Urbana (Emlur). Assim como Félix, ele não respondeu às ligações. Alexandre Urquiza negou as irregularidades. "Não procedem as acusações. O pagamento foi feito a quem tinha poderes de recebê-lo", diz Urquiza. "A procuração que consta do processo de licitação é a prova disso. Eles são sócios." Gonçalves também nega a sociedade. "Como pode haver sociedade em empresa individual?", afirmou a ÉPOCA. Urquiza também disputou a eleição de 2010. Ele fracassou na tentativa de ser deputado estadual, mas recebeu uma ajuda de R$ 6 mil da New Life. Segundo Gonçalves, a doação foi obra individual de Félix. "Eu nem sabia da existência dessa doação", disse. Por enquanto, ninguém sabe responder onde estão os R$ 2,3 milhões pagos pela prefeitura de João Pessoa.
Um homem identificado como Juan morreu após uma colisão entre uma motocicleta e um caminhão na rodovia estadual que liga as cidades de Alhandra e Caaporã, no Litoral Sul da Paraíba, durante a madrugada deste domingo (2). O acidente aconteceu nas proximidades da comunidade Cupissura. Com o impacto, a vítima faleceu ainda no local. Segundo informações, Juan retornava do trabalho para casa e não utilizava capacete no momento do acidente. Ainda não há detalhes sobre o que teria provocado a colisão entre os veículos. A Polícia Civil ficará responsável pela investigação do caso.
Uma mulher de 24 anos sobreviveu após ser atingida por mais de dez disparos de arma de fogo dentro da própria casa, no distrito de Acaú, em Pitimbu, Litoral Sul da Paraíba, na noite da última terça-feira (4). A vítima foi socorrida em estado grave, mas consciente, e permanece internada em quadro clínico estável no Hospital de Emergência e Trauma de João Pessoa. De acordo com informações da médica do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), Nayala Pedrosa, a jovem foi encontrada deitada no sofá da residência com entre 10 e 15 ferimentos de arma de fogo, atingindo membros inferiores, tórax, cabeça e braço. Os disparos chegaram a causar fraturas provocadas pelos impactos. “Por incrível que pareça, ela estava consciente e orientada, mesmo com essa quantidade de ferimentos. Foi um milagre”, relatou a médica, que participou do socorro à vítima. Segundo informações preliminares, dois homens teriam invadido a casa e efetuado os disparos na frente de familiares, incluindo o filho da mul...
Quando o cargo público vira palanque político No cenário político de Goiana, os limites entre gestão pública e interesses eleitorais parecem cada vez mais confusos. O episódio envolvendo um secretário municipal que, segundo denúncias, teria deixado suas funções para atuar politicamente em Recife em defesa de aliados, reacende o debate sobre o uso indevido da máquina pública. A situação se agrava com relatos de que o mesmo secretário estaria utilizando eventos oficiais para ataques políticos, viagens supostamente justificadas por “cursos” e comportamentos incompatíveis com a postura exigida de um servidor público de alto escalão. Caso os fatos se confirmem, trata-se de um grave desrespeito à função pública e, sobretudo, ao contribuinte. O servidor público deve servir ao povo — não a projetos pessoais, grupos políticos ou campanhas antecipadas. A população de Goiana merece gestores comprometidos com resultados, e não com disputas eleitorais travestidas de ações administrativas. A p...
O clima político na Câmara de Goiana tem se tornado cada vez mais tenso entre os vereadores que compõem a base do prefeito Marcílio Régio. O que antes era apenas um murmúrio de insatisfação nos corredores do Legislativo agora se transforma em um desabafo coletivo: aliados afirmam estar sendo deixados de lado nas decisões da gestão, ignorados em nomeações e tratados com desprestígio. Segundo informações apuradas pelo portal Radar Político, o descontentamento cresce a cada semana. A principal queixa é de que o prefeito e seu núcleo mais próximo não têm dado espaço político aos vereadores que formam a base governista. Indicações de cargos e contratos feitas por esses parlamentares estariam sendo sistematicamente engavetadas, enquanto pessoas sem vínculo com o grupo da Câmara vêm sendo contempladas. Além disso, vereadores relatam descaso do gabinete do prefeito em eventos e atividades de rua. “Muitas vezes o convite para as agendas chega em cima da hora — quando chega. E tem evento q...
Um homem identificado como Gilmar Enéas da Silva , 47 anos, foi assassinado a tiros na manhã desta segunda-feira (3) , no município de Alhandra , Litoral Sul da Paraíba. A vítima prestava serviço como motorista para uma empresa terceirizada da Companhia de Água e Esgotos da Paraíba (Cagepa) e foi atingida por diversos disparos enquanto trabalhava. De acordo com informações iniciais, os autores do crime estavam em uma motocicleta . Eles se aproximaram do caminhão utilizado pela equipe terceirizada e efetuaram os disparos, fugindo em seguida. O crime ocorreu em plena luz do dia , nas proximidades de uma obra de manutenção de rede de esgoto na cidade. Equipes da Polícia Civil e da perícia criminal estiveram no local para realizar os levantamentos iniciais e proceder à remoção do corpo. O delegado Everaldo Medeiros , que acompanhou a ocorrência, informou que as investigações estão em andamento e que ainda não há ...
Contratados da área da saúde de Goiana relatam indignação com a falta de pagamento do incentivo do programa Previne Brasil . Segundo os trabalhadores, a Prefeitura está se recusando a efetuar o repasse alegando que eles estão vinculados a uma empresa terceirizada — o que, na visão dos servidores, é uma justificativa injusta e incoerente. “É uma coisa super injusta, sabe? Não pagar a nós porque estamos pela empresa, mas é certo perder o mês de janeiro até setembro porque estávamos pela Prefeitura”, relatou uma contratada da saúde. Ainda segundo os profissionais, o período em que atuaram diretamente pela Prefeitura não está sendo considerado para o pagamento, e a responsabilidade está sendo empurrada para a empresa terceirizada. “Nada a ver. Quem era pra prestar conta seria eles, não colocar nome de empresa no meio, até porque não tem nada a ver”, completou a servidora. O caso revela mais um episódio de falta de transparência e desvalorização dos trabalhadores da saúde ...
Comentários
Postar um comentário