COBRANÇA IRREGULAR NO ‘MINHA CASA, MINHA VIDA”
O Ministéro Público Estadual abriu um procedimento administrativo para apurar as informações. As despesas extras seriam para colocar pastilhas de cerâmicas em vez do reboco normal com pintura convencional. O valor desta obra seria de R$ 5.634.
O proprietário da Construtora Litoral LTDA, citada na denúncia, negou a irregularidade. De acordo com Welisson Carvalho, foram os mutuários dos apartamentos que solicitaram a colocação de pastilhas de cerêmicas como revestimento externo no prédio.
“Eles estariam afirmando que, se maioria dos presentes adquirentes concordarem, os demais terão que arcar com tais despesas. Como pode a construtora pretender que as pessoas que já assinaram o contrato com a participação da CEF e Cehap, onde estão especificados todos os detalhes da construção, impor novo custo? Ninguém pode assumir despesas para outros pagarem”, comentou Valberto Lira.
Segundo o promotor, ele expediu uma recomendação à construtora e à Cehap para que não cobrem novos valores aos contratantes. Ele também determinou que a Caixa Econômica seja comunicada sobre a existência das investigações. "Se, no final, for constatada a veracidade da denúncia, vou recomendar à CEF e à Cehap a suspensão do contrato com a construtora e determinar a instauração de inquérito policial pela prática de extorsão”, declarou.
O proprietário da construtora confirmou que participou de três reuniões na sede da Cehap, sendo a última na quarta-feira (28) com as pessoas que estão comprando os apartamentos, representantes da Caixa Econômica e da própria Cehap.
"Os mutuários perguntaram se o revestimento poderia ser susbstituído e a Cehap informou a eles que o contrato não cobria e que isso poderia ser feito apenas se todo o condomínio quisesse. Dessa forma, teria que ser feito um contrato com a Caixa por fora do financiamento. A única coisa que a construtora fez foi elaborar o orçamento", disse Welisson Carvalho. Segundo ele, a questão ainda está sendo discutida pelos mutuários.
A reportagem tentou contato com a diretoria da Cehap e representantes da Secretaria de Comunicação do governo estadual, mas os telefonemas não foram atendidos.
Do Blog com JP Online
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