Ricardo descarta candidatura única e explica "não posso destruir a gestão para agradar"

Ricardo descarta candidatura única e explica
A proposta de uma única candidatura ao Governo do Estado nas eleições de 2018, agregando as forças da situação e oposição, não agradou o socialista Ricardo Coutinho (PSB) que não enxerga a viabilidade de reunir tantos pensamentos divergentes em um só projeto para a Paraíba. Na avaliação do gestor, o estado da Paraíba está num bom caminho porque teve gestão: “Não posso destruir a gestão para agradar”, afirmou.
 
Para o governador, a proposta é inviável. “Se eu tivesse interesse só num cargo para mim, eu diria: excelente; como alguns fazem. Evidentemente isso não tem o menor sentido. A Paraíba avança quando consegue diferenciar os pensamento e as ações. Eu não trairia a Paraíba dessa forma”, disse o gestor durante a entrega, nesta segunda-feira (20), do Residencial Vista Bela I no bairro de Mangabeira, em João Pessoa. Para o socialista, no caso da Paraíba, é salutar a diferenciação de posturas e projetos.
 
Ainda na solenidade, Ricardo ponderou que as possibilidades de alianças são mantidas ‘desde que se tenha um caminho’. “Faço todas as alianças possíveis, necessárias e que são boas, mas observe se o que eu digo há dez anos, não é o mesmo que eu digo hoje. Eles dançam de acordo com a música. Enganam o povo. Comigo eu sou o que sou, com minhas falhas e acertos. Não se pode transformar a política num arranjo das elites”, justificou. O governador salientou que está à frente de um projeto e ‘projeto será representado por outro companheiro nas próximas eleições’: “Ele se chama João Azevedo. Nós temos um bloco e quem quiser somar nele”.
 
Habitação – O residencial entregue recebeu investimentos de aproximadamente R$ 6 milhões, em parceria com o Governo Federal, e possui 64 apartamentos destinados aos trabalhadores do comércio. Todos os apartamentos são adaptáveis para pessoas com deficiência e idosos. O governador Ricardo Coutinho comentou sobre a obra e criticou a gestão de João Pessoa, por não conseguir, segundo ele, realizações do tipo. “Com um orçamento de R$ 2,5 bilhões será a Prefeitura não conseguiria tirar R$ 30 milhões para tirar o restinho de casas de taipa que talvez ainda tenham?”, indagou.
 
O socialista lembrou que, em 2009, a Capital não tinha acampamentos sem-teto. “Nós tiramos 17 e voltaram por omissão e ineficiência. O Estado não tem elasticidade para isso porque nosso orçamento de R$ 9 bilhões para tudo. Meu convite é que a Prefeitura de João Pessoa faça isso, porque a pior coisa é o despejo. Um município com uma receita dessa poderia assumir esse papel social”.

Blog do Petronilo Torres

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