Prefeitura de Alhandra gasta R$ 5.500 para consertar sucata de carro sem motor e é investigada por comprar peças para veículos alugados

 

Além de ser investigada na Operação 5764 (CGU, MP,e Gaeco), contra desvios de recursos destinados à alimentação de famílias carentes (que em breve terá desdobramentos), a gestão do prefeito Marcelo Rodrigues (MDB) em Alhandra, também segue sendo investigada por auditores do Tribunal de Contas da Paraíba, que em relatório, apontaram diversas irregularidades que confirmam as denúncias do vereador João Sufoco.

Um dos fatos curiosos é o pagamento no valor de R$ 5.500,00 (cinco mil e quinhentos reais) para atender supostas despesas com manutenção do veículo de placa MOB-1480. Porém, o único problema a caminhoneta, na verdade, trata-se de uma sucata. Ainda que o veículo conste “ativo” no DETRAN-PB, o seu estado de alta depreciação mostra até a ausência do motor. O desperdício de dinheiro público com a sucata se confirma pois o veículo continua abandonado.

Outra incoerência da atual gestão é ter notificado através de um boletim de ocorrência à Polícia Civil que herdou da gestão passada toda frota sucateada, o que possibilitou ao prefeito realizar um contrato milionário de locação de veículos, e mesmo assim continuar gastando uma fortuna com manutenção da frota.

Por isso, a gestão de Marcelo Rodrigues segue sendo investigada no tocante ao Pregão Presencial n° 0027/2021, que também envolvem manutenção preventiva veicular, o vereador acusou que em 2021 ocorreram outras contratações com o mesmo objeto, em uma soma de dispêndios que ultrapassa R$ 1,1 milhão. Se for considerado 2022, o gasto com peças já ultrapassa R$ 1,3 milhões. João Sufoco disse que até o presente momento não houve sequer notícias na cidade acerca de veículos próprios que estejam trabalhando em prol do Município de Alhandra. Pelo contrário, juntou imagens mostrando que a frota encontra-se em verdadeiro abandono e sucateada, fato inclusive noticiado para a Polícia Civil.

O parlamentar apontou a existência de vários contratos de locação de veículos, e questiona a existências destes contratos ao mesmo tempo que se gasta para manter a frota própria.

“Para onde está indo o dinheiro das contratações? Será que o prefeito tá usando esse dinheiro para consertar veículos alugados, já que ele mesmo propagou que todos os automóveis estão sucateados e sem a menor condição de servir ao povo? Queremos uma explicação”, pontuou João Sufoco.

De acordo com a auditória, o valor pago pela Prefeitura de Alhandra à PRIME CONSULTORIA E ASSESSORIA EMPRESARIAL LTDA – CNPJ: 05.340.639/0001-30, no Pregão Presencial n° 0027/2021, associado ao elemento de despesa n° 30, subelementos de manutenção veicular, totaliza R$ 602.996,26.

Se forem considerados outros credores, em 2021 o gasto com autopeças e serviços mecânicos em Alhandra foi de R$ 868.270,44. Em 2022, de janeiro até março, os gastos já alcançam R$ 191.486,53, totalizando quase um milhão e 100 mil (R$ 1.059.756,97).

Com relação aos gastos com locações, todos os que foram realizados em 2021, objeto da denúncia, tiveram como vencedor a empresa MARIA ROBEVANIA MACENA DE MELO – CNPJ 27.324.602/0001-50, e alguns deles constam em processos de tramitação no TCE-PB. Situação que confirma a acusação do vereador e confirmando a irregularidade do acúmulo de gastos com a manutenção de veículos próprios, ao mesmo tempo que se gasta uma grande quantia com locações.

Portal do Litoral

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