Termina julgamento de suspeitos da morte do frei Luciano Santos


Terminou na noite desta quinta-feira (24) o julgamento de Walter Maciel Correia, de 45 anos, e Sérgio Aranha da Silva, 46, suspeitos de assassinar o frei Luciano Santos, há 10 anos. A audiência aconteceu no Fórum Desembargador Rodolfo Aureliano na Ilha do Leite, Centro do Recife. Sérgio Aranha foi absolvido pelo juri, enquanto Walter Maciel Correia foi condenado a 21 anos de prisão por homicídio duplamente qualificado. No entanto, ele continuará em liberdade porque sua defesa apelou para o Tribunal de Justiça de Pernambuco pedindo a anulação do julgamento.

"A desefa entende que a decisão é contrária à prova dos autos, onde consta que ele (Walter) matou para roubar. Não há provas contra ele", afirmou o advogado de Walter Maciel, Alcides França. Ele também comentou que o réu continuará em liberdade porque no início da investigação o Ministério Público do Estado entendeu que não havia razões para que nenhum dos dois suspeitos permanecesse preso.
O promotor de Justiça Fernando Cavalcanti Mattos disse que vai apresentar as contrarrazões ao recurso. Segundo ele, há uma série de contundências autorizadoras da condenação de Walter Maciel, "que tem um histórico de personalidade voltada às atividades ilícitas". "Não são somente as provas que contam. Entre outras coisas, os depoimentos dão conta da extrema proximidade dele com o frei e reverberam que ele não era católico, mas passou a ser para provocar essa aproximação. Há uma série de indícios contundentes", asseverou.

Entenda o caso -
 Walter Maciel Correia, que na época era conselheiro tutelar, e Sérgio Aranha da Silva, que trabalhava como diretor de turismo da Prefeitura de Goiana, foram apontados como os principais suspeitos do assassinato do frei da Ordem Carmelita Luciano Santos, em 28 de agosto de 2003, dentro do Convento Nossa Senhora do Carmo, em Goiana, Zona da Mata de Pernambuco. O religioso teria sido empurrado, caído de uma altura de cinco metros e batido a cabeça no chão.

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