TSE decide mudar sistema de urnas eletrônicas


O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) anunciou que vai modificar o software do sistema eleitoral brasileiro para reforçar a segurança do processo. A decisão foi tomada depois que um grupo de especialistas chamados pelo tribunal conseguiu, em um teste, violar o sistema das urnas.
Urna
Urna eletrônica
Na semana passada, professores de tecnologia da informação da UnB (Universidade de Brasília) encontraram fragilidades no software. Os primeiros testes foram feitos em 2009, um ano antes das eleições presidenciais de 2010. Naquele ano, nenhum grupo obteve êxito no “hackeamento”.
Neste ano, porém, o grupo de especialistas detectou uma combinação fraca dos votos e conseguiu ordená-los em uma eleição simulada com 475 votantes. Dessa forma, eles conseguiram saber, por exemplo, quem foram os escolhidos do primeiro eleitor, do segundo, e assim por diante.
A ordem dos eleitores, no entanto, não foi descoberta, o que, segundo o TSE, é suficiente para preservar o sigilo do voto. Atualmente, quando vai votar, o eleitor apenas assina uma folha com seu nome. Os cadernos colocados nas zonas eleitorais estão em ordem alfabética. Portanto, não dá para saber em que ordem as pessoas votaram.
De acordo com o secretario de Tecnologia da Informação do TSE, Giuseppe Dutra Janino, o sistema é totalmente seguro e o brasileiro pode ficar tranquilo quando for votar nas eleições municipais, em outubro deste ano.
- O sistema eleitoral brasileiro está montado em sequências de dispositivos de segurança que tornam a fraude inviável.
Ele explicou que, tanto o sigilo do voto como a alteração no resultado das eleições são impossíveis. Ainda assim, o sistema será reforçado para resolver os problemas apontados pelos professores da UnB.
- A equipe já está trabalhando na correção e melhoria desse algoritmo e nas outras melhorias possíveis, baseadas nos testes apresentados. Tudo isso serve para melhorar o software que será usado nas eleições.
Transparência
O professor de Ciências Tecnológicas da UnB Diego de Freitas Aranha, que fez parte do grupo que conseguiu quebrar o “embaralhamento” dos votos, disse que o processo é importante para aumentar a transparência do sistema.
- Nós acreditamos que, se as sugestões forem realmente acatadas e implementadas, o risco de esse mecanismo de reverter o embaralhamento se repetir não mais existirá. O sistema nos foi aberto e a partir de então conseguimos dar nossa contribuição. Esperamos que isso continue ocorrendo para que o sistema eleitoral seja cada vez mais transparente.

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