Conheça dez revelações da biografia de Jobs que será lançada nesta segunda

Conheça dez revelações da biografia de Jobs que será lançada no Brasil

A biografia autorizada de Steve Jobs, escrita por Walter Isaacson, será lançada nesta segunda-feira (24) no Brasil. O livro, batizado apenas de “Steve Jobs”, é baseado em mais de mais de 40 entrevistas, feitas ao longo de dois anos, com o cofundador da Apple que morreu no início de outubro. Também foram entrevistados amigos, colegas e concorrentes do executivo considerado o “pai” do iPhone, do iPod e do iPad.
Isacacson é diretor-geral do Instituto Aspen, foi presidente da CNN e editor da revista "Time". Ele escreveu "Einstein: Sua vida, seu universo" e "Benjamin Franklin: An american life".
Confira dez revelações feitas pela biografia e pelo biógrafo de “Steve Jobs”:
Filhos
No livro, Isaacson fala da última vez que visitou Steve Jobs, em sua casa em Palo Alto. Diz o livro: “Como escritor, estou acostumado a manter distanciamento, mas fui atingido por uma onda de tristeza quando tentei dizer adeus. A fim de disfarçar minha emoção, fiz a pergunta que ainda me deixava perplexo. Por que ele se mostrara tão disposto, durante quase cinquenta entrevistas e conversas ao longo de dois anos, a se abrir tanto para um livro, quando costumava ser geralmente tão discreto? ‘Eu queria que meus filhos me conhecessem’, disse ele. ‘Eu nem sempre estava presente, e queria que eles soubessem o porquê disso e entendessem o que fiz.’”
A tradução do trecho foi de Pedro Maia Soares. (leia a história completa)
Cirurgia tardia
Steve Jobs só aceitou fazer uma cirurgia que poderia salvar sua vida quando era tarde demais, disse Walter Isaacson, ao programa “60 Minutes”. “Eles ficaram felizes quando viram a biópsia. Era um tipo pancreático de câncer que cresce devagar e pode ser curado. Ele tentou tratar o câncer com uma mudança de dieta, ele foi a espiritualistas. Ele não queria que seu corpo fosse aberto, não queria ser violado daquela maneira”, afirma.
“Ele fez a cirurgia nove meses depois e, quando operaram, viram que o câncer já havia se espalhado pelos tecidos ao redor do pâncreas.” (leia a história completa)
Obama
"Você está caminhando para ter apenas um mandato", teria sido a primeira frase dita por Steve Jobs em encontro com o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, em 2010, segundo a biografia. Na ocasião, Jobs se ofereceu para ajudar na criação de peças publicitárias para ajudar na reeleição do presidente democrata em 2012.

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, jantou com líderes de empresas de tecnologia, em San Francisco, na noite de quinta-feira (17). À esquerda de Obama está Steve Jobs, presidente da Apple que está em licença médica da empresa. À direita do pres (Foto: Divulgação/Casa Branca)O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, em jantar com líderes de empresas de tecnologia --incluindo Steve Jobs. Encontro foi proposto pelo cofundador da Apple em conversa com Obama (Foto: Divulgação/Casa Branca)
Segundo Isaacson, o encontro entre Jobs e Obama quase não aconteceu. Convidado por assessores do presidente, Jobs insistiu que só iria se recebesse uma ligação do próprio presidente. Após pressão de sua mulher, Jobs concordou. Mas sua personalidade de Jobs teria se transformado no momento do encontro. (leia a história completa)
Sistema educacional norte-americano
Durante seu encontro com Obama, Jobs criticou o sistema educacional americano, que seria prejudicado "por regras sindicais", diz a biografia. "Enquanto os sindicatos dos professores não forem desmantelados, não existe esperança para uma reforma educacional", disse Jobs, que sugeriu que os diretores das escolas tivessem autonomia para demitir e contratar professores.
Para ele, os alunos deveriam ter aula em período integral, até as 18h, e por 11 meses no ano. (leia a história completa)
A polêmica do uniforme
iPhone - Antennagate (Foto: AP)Steve Jobs fala sobre os problemas na antena do
iPhone 4 com seu "uniforme", a blusa de gola rolê
criada por Issey Miyake (Foto: AP)
Steve Jobs contou ao seu biógrafo que foi vaiado ao propôr que os funcionários da Apple usassem um uniforme. Isaacson escreve que Jobs teve a ideia depois de visitar o então presidente da Sony, Akio Morita, no Japão. Ao ver que os funcionários da empresa japonesa estavam de uniformes e como aquilo os vinculava à empresa, Jobs propôs a idéia na Apple.
"Voltei [do Japão] com algumas amostras e disse para todos o quanto seria legal se todos usássemos os coletes. Fui vaiado naquele palco. Todo mundo odiou a ideia", disse Jobs à Isaacson.
Foi durante esse processo que Jobs decidiu pedir que o designer japonês Issey Miyake criasse um uniforme para ele, pela conveniência e por ser uma espécie de estilo próprio. "Então eu pedi que Miyake fizesse algumas de suas blusas pretas com gola rolê para mim e ele fez uma centena delas", disse o executivo. (leia a história completa)
O início da biografia
Isaacson conta de seu encontro com Jobs, em 2004, que rendeu o início da biografia. “Eu ainda não sabia que dar uma longa caminhada era a sua forma preferida de ter uma conversa séria. No fim das contas, ele queria que eu escrevesse sua biografia. Eu havia publicado recentemente uma de Benjamin Franklin e estava escrevendo outra sobre Albert Einstein, e minha reação inicial foi perguntar, meio de brincadeira, se ele se considerava o sucessor natural naquela sequência. Supondo que ele estava no meio de uma carreira oscilante, que ainda tinha muitos altos e baixos pela frente, eu hesitei. Não agora, eu disse. Talvez em uma década ou duas, quando você se aposentar”, diz o livro.
Isaacson continua: “Depois me dei conta de que ele havia me chamado logo antes de ser operado de câncer pela primeira vez. Enquanto eu o observava lutar contra a doença, com uma intensidade incrível, combinada com um espantoso romantismo emocional, passei a achá-lo profundamente atraente, e percebi quão profundamente sua personalidade estava entranhada nos produtos que ele criava. Suas paixões, o perfeccionismo, os demônios, os desejos, o talento artístico, o talento diabólico e a obsessão pelo controle estavam integralmente ligados a sua abordagem do negócio, e decidi então tentar escrever sua história como estudo de caso de criatividade.”
Bill Gates
"Bill [Gates] basicamente não tem imaginação e nunca inventou nada, e acho que é por isso que ele se sente mais confortável fazendo filantropia do que no mercado de tecnologia. Ele apenas roubava as ideias dos outros, sem vergonha alguma", diz Jobs no livro. (leia a história completa)
Steve Jobs e BIll Gates, juntos em encontro promovido pelo site All Things Digital em 2007 (Foto: Joi Ito/Creative Commons)Steve Jobs e BIll Gates, juntos em encontro promovido pelo site All Things Digital em 2007 (Foto: Joi Ito/Creative Commons)
Android
“Eu vou destruir o Android, porque é um produto roubado. Eu vou entrar no modo ‘guerra termonuclear’ nesse caso”, disse Jobs, segundo seu biógrafo, em janeiro de 2010, quando a HTC lançou um smartphone com Android que tinha funções populares do iPhone. “Eu vou gastar cada centavo do que a Apple tem em banco para deixar isso certo”, afirmou o executivo.
Segundo a biografia, Jobs não queria fazer um acordo com o Google. “Eu não quero seu dinheiro. Se você me oferecer US$ 5 milhões, eu não vou querer. Eu tenho bastante dinheiro. Eu quero que você pare de usar nossas ideias no Android”, disse Jobs à Eric Schmidt, ex-CEO do Google, responsável pelo desenvolvimento do Android.
Legado
“Hewlett e Packard [Bill Hewlett e Dave Packard, os fundadores da HP] construíram uma ótima empresa e eles pensaram que a haviam deixado em boas mãos. Apesar disso, agora a HP está sendo desmembrada e destruída”, disse Jobs, segundo sua biografia. “Eu espero ter deixado um legado mais forte, para que isso nunca aconteça com a Apple.”
Pai biológico
Steve Jobs era adotado e teve a oportunidade de conhecer seu pai biológico, que era dono de um restaurante que o executivo freqüentava em San Jose. “Foi fantástico. Eu já tinha ido ao restaurante algumas vezes. Lembro de ter conhecido o dono, um sírio. Nós trocamos um aperto de mãos. Na época, eu já era um homem rico e não confiei que ele não ia me chantagear ou ir falar com a imprensa sobre o assunto.”

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